Conseguro: ASG é pauta do Trato Legal

Em sua sexta edição, o Trato Legal recebeu a diretora da CNseg, Solange Beatriz, que trouxe um resumo dos painéis da Conseguro relativos ao tema “ASG”. Apresentado por Paulo Alexandre e com a participação do consultor econômico, Francisco Galiza, o programa é uma produção da GRTV, canal de debate e notícias relacionados à gerência de riscos.

Realizado pela Confederação Nacional das seguradoras (CNSeg), o Conseguro é o maior evento do mercado segurador. Sua décima edição contou com cerca de mais de 6 mil inscritos, 100 palestrantes e 26 painéis em sua programação. Foram cinco dias de evento baseado no tripé, transformação digital, futuro do trabalho e wellness (“bem-estar”). O tema da conferência 2021 foi “Inovando com o mercado e com você”. Dada a relevância do evento, a produção da GRTV produziu uma série de 8 programas sobre os assuntos discutidos nas palestras.

Francisco Galiza fez um resumo dos quatro painéis da conferência que trataram do termo ASG – sigla para Ambiental, Social e Governança – um tema muito importante que tem ganhado cada vez mais relevância na nossa sociedade. O primeiro, intitulado “ASG: a agenda do futuro já começou” trouxe dois aspectos que, na visão do consultor, destacaram: o impacto nas seguradoras, tanto em termos de riscos cobertos quanto na gestão de provisões técnicas. E também dentro dessa área numérica, a busca de normas métricas; o interesse dos países em colocar a agenda de sustentabilidade como eixo de seu crescimento. “O Brasil também deve seguir o mesmo caminho para ter o mínimo de desenvolvimento e de futuro”, opinou.

O segundo painel comentado pelo consultor abordou o tema “Integrações das questões ASG nas operações do setor de seguros. Entre os tópicos abordados que mais chamam a atenção do consultor estão questões ASG – um bom negócio para o país; divulgação do relatório de sustentabilidade pela CNseg; setor de seguros participativo. “O terceiro painel que eu quero comentar, cujo título foi, “Contribuição do setor de seguros para o clima” trouxe a pauta um tema fundamental, que é o do aquecimento global.  A urgência do assunto e o fato de que o setor de seguros vem se posicionando de forma muito participativa, desde a Rio+20, são os principais pontos a serem ressaltados”, afirmou.

O último painel analisado por Galiza discutiu o tema “Diversidade e inclusão: porque é importante falar sobre isso”. Entre os pontos altos da apresentação destacam-se a necessidade de ações afirmativas, o setor de seguros está atento a importância de endereçar o tema e ganhos para o setor.  “90% das seguradoras já adotam política de diversidade e inclusão. É um número expressivo no Brasil, o que mostra que essa política já proporciona ganho para as empresas. Não apenas financeiros, mas também sociais, de participação, atendimento e de qualidade”, acrescentou.

Solange Beatriz salientou que o mercado segurador Brasileiro é uma liderança em sustentabilidade no mundo. Temos o maior número de signatários dos princípios para sustentabilidade no ramo. “A CNseg conta com uma comissão temática que hoje tem a denominação de integração das questões ambientais sociais e de governança. Reunimos representantes das seguradoras nessa comissão objetivando uma maior integração com o setor e da sua cadeia de valor, por meio de geração de conhecimento e o estabelecimento de compromissos setoriais”, explicou.

De acordo com a diretora, o estabelecimento de processos é muito relevante para identificar as questões ASG e estar ciente das possíveis consequências na subscrição de risco. “Embora exista consciência da importância da implementação desses processos, as percepções quanto as práticas ainda são consideradas insipientes”, avaliou.  O grande aliado da sustentabilidade nas companhias são as estruturas de gestão de riscos já existentes, permitindo que esses riscos oriundos das questões ASG possam ser incorporados numa matriz de risco mais eficiente.

“Um dos pontos mais importantes discutidos no painel de diversidade da Conseguro é que não basta falar de diversidade. É necessário realmente incluir, inserir, acolher e formar um senso de pertencimento nesses grupos que estão sub-representadas. E para isso precisamos de um plano de ação e métricas definidas”, pontuou.

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