O Painel Especial, programa da GRTV que aborda comodidade, praticidade e conforto, recebeu em sua décima oitava edição, o Diretor-executivo da seguradora Angelus Seguros, Luiz Gênova. Durante o bate-papo, que é conduzido pelo jornalista Paulo Alexandre e conta com participação do consultor econômico, Francisco Galiza, o convidado falou sobre o tema “Inclusão no Setor de Seguros”.
Em suas considerações iniciais, Galiza salientou que o seguro inclusivo é atualmente um dos principais desafios na área de seguros, tanto no Brasil quanto no mundo. “Esse tipo de seguro é o primeiro passo para as pessoas que nunca tiveram uma apólice contratar uma. De maneira geral são pessoas de baixa renda, que não tem o hábito de fazer seguro”, informou. Segundo o consultor, embora exista uma vasta teoria a respeito desse assunto, sobre modelos, como deve funcionar, o que a tecnologia deve agregar, distribuição e apoio governamental, existe ainda uma dificuldade muito grande por parte do setor em atrair mais consumidores.
Já a visão de Luiz Gênova é de que houve uma evolução bastante significativa no mercado nos últimos anos. De um lado, estrutural, por parte da Superintendência de Seguros Privados (SUSEP), com a chegada do Sandbox regulatório, o open insurance, a segmentação do mercado e a flexibilização de produtos. “Vem da SUSEP uma boa parte dessa evolução. Pensar mais na questão de cuidar da solvência, da segurança do mercado e a flexibilização para novos produtos”, comentou.
Do outro lado, houve também um crescimento exponencial da inovação tecnológica nos últimos anos, principalmente no que se refere a inovação que liga o cliente ao canal de distribuição e a seguradora. “Estão surgindo muitas insurtechs no mercado e tecnologia é fundamental principalmente para atrair a população mais jovem, que até então não contratava seguro, mas hoje em dia quer ter a vida dele na palma da mão”, explicou. De acordo com Gênova, na parte de produtos também está ocorrendo uma evolução muito grande, devido à postura que as seguradoras têm adotado de pensar na experiência do cliente.
O executivo defende que para trazer inclusão para o mercado é necessário ter produtos flexíveis, seguros intermitentes, seguros que são pagos pelo uso e, principalmente, seguros agregados a benefícios. Produtos que, além da cobertura securitária, ofereçam conveniência ao segurado. “Esse é o caminho que eu entendo que vai ajudar muito da inclusão de jovens e da população de baixa renda”, destacou.
