Em sua edição de fevereiro, o Comentário Econômico, programa da GRTV, canal voltado para o gerenciamento de riscos, trouxe uma análise mensal das reservas técnicas e das receitas das seguradoras. Apresentado pelo jornalista especializado em seguros, Paulo Alexandre, o programa tem como comentarista o Consultor Econômico, Francisco Galiza.
De acordo com o gráfico de valores apresentado pelo consultor, que considera o período de janeiro de 2012 até dezembro de 2020, o valor passou de R$ 300 bilhões para R$ 1,2 trilhão. Ou seja, se multiplicou por quatro. “Embora nos últimos dois anos o mercado tenha crescido a uma taxa um pouco inferior, em alguns produtos de acumulação, os resultados têm se mantido positivo”, disse.
Já o segundo diagrama demonstrou as variações anuais da reserva ano a ano. De 2000 para 2013, por exemplo, houve um crescimento de 13%, que se manteve no ano seguinte e, em 2015/2016 verifica-se a variação máxima, acima de 20%. “A taxa foi caindo devido a uma diminuição do crescimento dos produtos de acumulação, mas de qualquer maneira foi positivo. Então, em 2020 tivemos um crescimento de 8% a 9% e a trajetória de crescimento continua crescendo”, afirmou.
Para comentar as receitas das seguradoras Galiza se utilizou de duas tabelas nas quais foram consideradas a receita dos ramos de pessoas, sem os produtos de acumulação, de vida, sem o VGBL. A primeira delas trata da receita de ramos elementares, como de automóvel e transportes, entre ouros. “Observamos que o crescimento do mercado em 2020, fazendo esses ajustes, teve um crescimento em torno de crescimento de 5%. Eu diria que foi um crescimento razoável, médio. Melhor do que em inúmeros setores, mas talvez também tenha sido pior do que o outros” explicou.
Na mesma linha, a segunda tabela apresentada pelo economista demonstrou as variações de alguns indicadores de preço, como, por exemplo, o IGPM que no ano passado foi de 23%, o IPCA que foi 4,5% e o dólar que foi 29%. Considerando pelo IPCA, o setor de seguros acabou seguindo na média, mas perdeu tanto no dólar quanto no IGPM. “A expectativa para 2021 é que a indústria de seguros vai recuperar os ganhos. Possivelmente vai ter um crescimento nominal maior do que esses 5%. Por outro lado, o dólar não deve crescer tanto. A perda que tivemos em dólar em 2020 deve ter alguma recuperação em 2021”, concluiu.