Estudo Global da Coface

Em sua 4ª edição, o Dinheiro Seguro, programa da GRTV, canal voltado para o gerenciamento de riscos, recebeu a Economista da Coface, Patrícia Krause. Apresentado pelo jornalista especializado em seguros, Paulo Alexandre, o programa também conta com a participação especial do Consultor Econômico, Francisco Galiza. Em suas considerações iniciais, o executivo analisou os resultados do Country & Sector Risks handbook, um estudo econômico global realizado anualmente pela Coface.
“Na minha visão, esse é um dos trabalhos de maior destaque que a empresa realiza. É um levantamento muito bem elaborado, rico, feito por economistas de diversos países, que analisam quase todos os países do mundo em termos econômicos, riscos e etc”, disse Galiza.

No que diz respeito aos critérios de avaliação da pesquisa, Patrícia explica que ele tem oito notas distintas. São elas A1, A2, A3 e A4, B, C, D e E. Entre A1 e 43 figuram os países mais bem avaliados, seria equivalente a dizer que um país tem um grau de investimento. A partir de B seria como um grau especulativo. Por conta da crise e todos os desafios que foram impostos foi feita a revisão de uma série de países, inclusive do Brasil, que saiu da classificação B e foi para a C.

“Entre os motivos que a gente leva em consideração posso dizer que são os indicadores que muitas agências de rating também consideram, como os dados macroeconômico além do histórico de pagamentos e as perspectivas de todos os países que avaliamos”, contou. E esse não foi apenas um fenômeno brasileiro. Alguns países da América Latina e da América Central também tiveram suas notas revisadas.
Para que o Brasil possa melhorar a sua nota em alguns anos, a executiva destacou que implementar melhorias no lado fiscal e no clima de negócios são os dois principais caminhos. “Do lado fiscal não existe uma solução de curtíssimo prazo, mas é importante mostrar que no longo prazo essa questão está bem encaminhada. Isso vai contribuir para a recuperação da confiança, o que extremamente importante para a economia”, explicou.

Para Patrícia, colocar gatilhos para que possam conter despesas obrigatórias nos momentos em que se está próximo de atingir o teto é algo muito importante. Outra questão é a reforma administrativa, que no curto prazo não tem um efeito muito grande porque pegaria só uns novos servidores. Mas isso também é algo positivo, porque melhora a confiança e a sustentabilidade da dívida se olharmos mais a longo prazo. Já do lado do clima de negócios, a reforma tributária é um tema muito importante e que precisa ser debatido.

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